INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL HOMOLOGA DE EMBRIÃO CRIOPRESERVADO POST MORTEM E O DIREITO SUCESSÓRIO À LUZ DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47820/recima21.v4i8.3527

Palavras-chave:

Princípios Constitucionais, Direito sucessório, Inseminação artificial homóloga Post mortem, Reprodução humana assistida, Homóloga, Capacidade Sucessória

Resumo

Este artigo pretendeu tratar do tema da inseminação artificial homóloga post mortem que é uma das técnicas de reprodução humana, assim como na proteção dos direitos do nascituro concebido por tal método em relação ao direito à herança, com foco nos princípios constitucionais presentes em nossa CF/88. Como a proteger e preservar os direitos do concebido por tal técnica, não permitindo, a diferenciação entre os filhos em detrimento da reprodução humana e sua relação ao direito sucessório no Brasil. Investigou-se a seguinte problemática: Existe regulamentação e possibilidade para  utilização do material genético do casal para fins de inseminação, mesmo após sua morte? Na possibilidade, necessita de autorização do cônjuge falecido prévia?. como hipótese: Por se tratar de um tema polêmico e atual, que merece a doutrina se debruçar em busca de se chegar a uma jurisprudência, tendo em vista a omissão em nosso ordenamento jurídico, e essa omissão possibilita diversas correntes doutrinárias. O objetivo geral foi analisar a possibilidade de conceder os direitos sucessórios aos filhos concebidos pela técnica, levando em consideração os princípios constitucionais. Os objetivos específicos foram: investigar as disposições legais e constitucionais sobre herança, testamentária e sucessão legal no Brasil. A metodologia que se utilizou para o desenvolvimento deste artigo foi a pesquisa qualitativa-téorica, por meio de levantamento bibliográfico, como instrumento de pesquisa foram utilizados as fontes como livros, doutrinas, revistas científica, documentos legais, Código Civil, a Constituição Federal e as resoluções do Conselho Federal de Medicina. Por meio da modalidade exploratória.

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Biografia do Autor

Gui Pagnoncelli da Silva Costa

Graduando em Direito pelo Centro Universitário Mário Pontes Jucá – UMJ. Especialista em Direito de Família, Gestão Hospitalar, Mediação e Conciliação, Direito Médico e Hospitalar, Direito Penal, Direito Civil, Docência e Ensino pela UniBF Faculdade. Pós Graduado e Direito Digital e Proteção de Dados pela Gran Cursos. Graduado em Fisioterapia pela UNINASSAU Maceió.

José Edecio dos Santos Alfredo

Graduando em Direito pelo Centro Universitário Mário de Jucá – UMJ.

Maria Eliete Costa Silva

Graduada em Direito pela Faculdade da Cidade de Maceió - FACIMA. Especialista em Direito Previdenciário pelo Centro Universitário Tiradentes Maceió - UNIT/AL.

 

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Publicado

31/07/2023

Como Citar

da Silva Costa, G. P., dos Santos Alfredo, J. E., & Costa Silva, M. E. (2023). INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL HOMOLOGA DE EMBRIÃO CRIOPRESERVADO POST MORTEM E O DIREITO SUCESSÓRIO À LUZ DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218, 4(8), e483527. https://doi.org/10.47820/recima21.v4i8.3527

Edição

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ARTIGOS

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