QUANTIFICAÇÃO DA MICROBIOTA PRESENTE EM PRODUTOS LÁCTEOS INDUSTRIALIZADOS COMERCIALIZADOS COMO PROBIÓTICOS
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v3i5.1418Palavras-chave:
probióticos; lacticínios; benefícios.Resumo
Probióticos são alvo de estudos devido sua capacidade funcional que abrange aspectos endócrinos, imunológicos, gastrointestinais, dentre outros. A busca dos consumidores por alimentos que supram necessidades biológicas e apresentem benefícios adicionais à saúde tem crescido consideravelmente. Com isso, as indústrias têm buscado inovação para atingir estas expectativas. Neste sentido, a inclusão de microrganismos probióticos em alimentos vem sendo muito utilizada. No entanto, estudos tem demostrado inconformidade dos alimentos probióticos quanto ao teor e tipo de microrganismos descritos nas embalagens e o que realmente consta nos produtos. Diante disto, esta pesquisa teve objetivo de avaliar a presença e quantidade de microrganismos em produtos probióticos, relacionando os resultados obtidos com as descrições nas embalagens. Cinco amostras de produtos lácteos descritos como probióticos foram adquiridas em estabelecimentos comerciais de Varginha-MG e submetidos a análise microbiológica. Apenas um dos produtos apresentou conformidade em relação a presença e quantificação bacteriana, podendo estar de acordo com as recomendações microbiológicas para sua definição como probiótico. Dois produtos sequer apresentaram presença bacteriana. O estudo mostra inconformidade nas características microbiológicas dos produtos comercializados com probióticos e a necessidade de maior fiscalização sobre a produção desses alimentos para que realmente tenham os requisitos de um alimento funcional probiótico e apresentem benefícios a saúde do consumidor.
Downloads
Referências
ANTUNES AEC et al. Desenvolvimento de buttermilk probiótico. Campinas, Ciência Tecnologia Alimentos: 2007. 27(1), p. 83-9
BALDEÓN ME, NARANJO G, GRANJA D. Effect of infant formula with probiotics on intestinal microbiota. Archivos Latinoamericanos de Nutricion, 2008, v. 58, n. 1, p. 5-11.
BELIZÁRIO JE. Humanos e micróbios: adversário ou aliados?. In: FAINTUCH, Joel (Ed). Microbioma, disbiose, probióticos e bacterioterapia. São Paulo: Editora Manoele, 2017. cap. VIII, p. 54-63.
BORGES TL, MEDEIROS SRA. Avaliação de adequação de rotulagem de alimentos probióticos com alegação de propriedade funcional. Picos (PI), Nutrivisa – Revista de Nutrição e Vigilância em Saúde: 2016. v. 3, n. 2, p. 70-75.
BOTELHO L. Isolamento e identificação de lactobacilos e bifidobacterias em alimentos probióticos disponíveis no mercado brasileiro. Campinas (SP), [s.n]: 2005.
BRASIL. Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 241, de 26 de julho de 2018. Dispõe sobre os requisitos para comprovação da segurança e dos benefícios à saúde dos probióticos para uso em alimentos. Brasília, 2018. Disponível em:< https://www.in.gov.br/materia/-/asset_publisher/Kujrw0TZC2Mb/content/id/34379910/do1-2018-07-27-resolucao-da-diretoria-colegiada-rdc-n-241-de-26-de-julho-de-2018-34379900> Acesso em: 09 jul. 2021.
BRAVO JA, PIEPER MJ. O microbioma e o eixo intestino-cérebro. In: FAINTUCH, Joel (Ed). Microbioma, disbiose, probióticos e bacterioterapia. São Paulo: Editora Manoele, 2017. cap. V, p. 37-42.
BRESSAN CV, CLAUDIO CC, CORNACINI MCM. Análise das cepas probióticas e UFC em produtos lácteos fermentados. Araçatuba: J Health Science Institute, 2014, v. 32, n. 4, p. 409-412. Disponível em: < http://repositorio.unip.br/journal-of-the-health-sciences-institute-revista-do-instituto-de-ciencias-da-saude/analise-das-cepas-probioticas-e-ufc-em-produtos-lacteos-fermentados/>. Acesso em: 09 ago. 2019.
CELIK V et al. Do traditional fermented foods protect against infantile atopic Dermatitis. Peru: Pediatric Allergy and Immunology, 2019, v. 30, n. 5, p. 540-546. Disponível em: < https://doi.org/10.1111/pai.13045>. Acesso em: 04 jan. 2020.
CORRALES A, HENDERSON M, MORALES I. Sobrevivrencia de microorganismos probióticos en helado batido lactobacillus acidophilus y bifidobacterium lactis en helado batido. Santiago, Revista Chilena de Nutrição: 2007. v. 34, n. 2. Disponível em: < https://scielo.conicyt.cl/scielo.php?pid=S0717-75182007000200008&script=sci_arttext>. Acesso em: 05 jun. 2019.
CRITTENDEN RG. Prebiotics. In: TANNOCK, G.W., ed. Probiotics: a critical review. Norfolk: Horizon Scientific Press, 1999. p.141-156.
DERAM S. Alimentos funcionais: o que são, para que servem e onde encontra-los?. [s.l], SDS Nutrition: 2017. Disponível em: < https://www.sophiederam.com/br/o-que-comer/alimentos-funcionais/>. Acesso em: 09 ago. 2019.
GRANDI AZ, ROSSI DA. Avaliação dos itens obrigatórios na rotulagem nutricional de produtos lácteos fermentados. [s.l.],Revista Instituto Adolfo Lutz: 2010. p. 62- 68.
GIBSON GR, FULLER R. Aspects of in vitro and in vivo research approaches directed toward identifying probiotics and prebiotics for human use. J. Nutr., Bethesda, 2000, v.130, p.391S-394S.
HOPKINS MJ, SHARP R, MACFARLANE GT. Variation in human intestinal with age. Digestive and Liver Disease, London, 2002, v. 34, n. 2, p. 512-518.
HUERTAS RAP. Bactérias ácido lácticas: papel funcional en los alimentos. Colombia, Facultad de Ciencias Agropecuarias: 2010. v. 8, n. 1. Disponível em: <https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=6117902>. Acesso em: 14 abr. 2019.
IRMÃO JS, COSTA MR. Conhecimento e hábitos de consumo de kefir na comunidade acadêmica da UFMS. Rev. Inst. Laticínios Cândido Tostes. Juiz de Fora: 2018, v. 73, n. 1, p. 27-36.
ISAAP. Probiotics. 2019. Disponível em: <https://isappscience.org/for-scientists/resources/probiotics/>. Acesso em: 09 ago. 2019.
KOMATSU TR, BURITI FCA, SAAD, ISAY SM. Inovação, persistência e criatividade superando barreiras no desenvolvimento de alimentos probióticos. São Paulo, Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas: 2008. v. 44, n. 3, p. 329-347.
LOZUPONE CA et al. Diversity, stability and resilience of the human gut microbiota. [s.l.]: Nature, 2012, v. 489, p. 220-229.
MORAIS MB, JACOB CMA. O papel dos probióticos e prebióticos na prática pediátrica. Jornal de Pediatria - Vol. 82, Nº5(Supl), 2006.
NOGUEIRA JCR, GONÇALVES MCR. Probióticos – Revisão da Literatura. [s.l.]: Revista Brasileira de Ciências da Saúde, 2011, v. 15, n. 4, p. 487-492. Disponível em: <https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/rbcs/article/view/8201>. Acesso em: 19 maio. 2019.
OLIVEIRA LCC, NETTO, FA. Intestino Saudável: orientações e receitas. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2011.
OLIVEIRA MN et al. Aspectos tecnológicos funcionais contendo probióticos. São Paulo, Revista Brasileira de Ciência Farmacêuticas: 2002. v. 38, n. 1.
PAIXÃO LA, CASTRO FFS. A colonização da microbiota intestinal e sua influência na saúde do hospedeiro. Brasília, Ciências da Saúde: 2015, v. 14, n. 1, p. 85-96.
PIMENTEL TC. Atitude do consumidor em relação a culturas probióticas e alimentos probióticos. Paraná, Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial: 2012. v. 06, n. 02, p. 796-808. Disponível em: < https://periodicos.utfpr.edu.br/rbta/article/view/974>. Acesso em: 07 jul. 2019.
SANTOS FL et al. Viabilidade de probióticos comercializados em Salvador/Bahia e adequação de sua rotulagem. Bahia, [s.n.]: 2013.
SANZ Y, COLLADO MC, DALMAU J. Probióticos: critérios de calidad y orientaciones para el consumo. Valencia, Acta Pediatrica Espanola: 2003. v. 61, n. 9.
SIMONI CP et al. Microencapsulação de probióticos: inovação tecnológica na indústria de alimentos. Santa Maria, REGET/UFMS: 2014. v. 8, p. 66-75.
SOUZA JCB et al. Sorvete: composição, processamento e viabilidade da adição do probiótico. Araraquara, Revista de Alimentação e Nutrição: 2010. v. 21, n. 1, p. 155-165.
Downloads
Publicado
Como Citar
Licença
Direitos de Autor (c) 2022 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.
