MUSICOTERAPIA, ENFERMAGEM E SAÚDE MENTAL NO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
DOI:
https://doi.org/10.47820/recima21.v4i4.3011Palavras-chave:
Musicoterapia, EnfermagemResumo
O autismo é definido com uma condição em que existe um prejuízo na interação social, alterações na comunicação e padrões limitados ou estereotipados de comportamentos e interesses. Nesse sentido, utilizam-se as práticas integrativas e complementares para proporcionar melhor atendimento, dentre estas, a musicoterapia, pela facilidade de poder ser aplicada pela equipe multidisciplinar em diversos ambientes, e que promove o vínculo profissional-cliente, além de poder incluir o cuidador nessa rotina. O presente estudo tem como objetivo analisar as evidências disponíveis na literatura sobre a utilização da musicoterapia aplicada ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). Trata-se de uma pesquisa do tipo revisão integrativa, com busca nas bases de dados científicas, PUBMED, LILACS e SCIELO, sendo artigos de interesse musical dentro de atividades terapêuticas e que fosse aplicado a pacientes com TEA. Utilizou-se o total de 12 artigos que apresentaram como resultados que, dentre os instrumentos disponíveis para a terapia, como o ruído branco e objetos de percussão, a música se sobressai como escolha preferencial de intervenção com resultados satisfatórios, melhorando a expressão, o comportamento, a interação social e, consequentemente, a qualidade de vida. Por fim, é perceptível que a música tem o poder de atingir a psique humana, mudando o humor, mesmo que indiretamente, praticando terapia sem ao menos perceber e sua autonomia, que dá um passo de confiança às pessoas que sofrem com TEA.
Downloads
Referências
AALBERS, S. et al. Music therapy for depression. Revista Cochrane Database Syst, 2017, v. 2, n. 1. Disponível em: 10.1002/14651858.CD004517.pub3. Acesso em: 30 mar 2021.
American Psychiatric Association. Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais, DSM-5 (5ª Ed.). Lisboa: Climepsi Editores, 2014.
ARAÚJO, N.A.; SOLIDADE, D.S.; LEITE, T.S.A. A musicoterapia no tratamento de crianças com autismo: estudo de caso. ReonFacema, 2018.
ARNDT, A; VOLPI, R. Aspectos da musicoterapêutica: contexto social e comunitário em perspectiva. Psicologia & Saúde, 2016, v. 3, n. 1.
BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Gabinete do Ministro. PORTARIA Nº 971, DE 03 DE MAIO DE 2006, Brasília, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Gabinete do Ministro. PORTARIA Nº 849, DE 27 DE MARÇO DE 2017, Brasília, 2017.
BRASIL. Lei Nº 10.216, de 6 de Abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das
pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde
mental. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10216.htm>.
Acesso em: 24 de maio de 2019.
BRASIL. Ministério da Saúde (MS). Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Manual de Implementação de Serviços de Práticas Integrativas e Complementares no SUS. 1. ed. Brasília (DF): MS, 2018. p. 7- 9.
BRITO, I. et al. Musicoterapia na Perturbação do Espectro do Autismo: um estudo de caso. Atas – Investigação Qualitativa em Saúde, v. 2, 2019.
COREN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 581/2018. Atualiza, no âmbito do Sistema COFEN/COREN, os procedimentos para Registro de Títulos de Pós-Graduação Lato e Sctricto Sensu concedido a Enfermeiros e aprova a lista de especialidades. Brasília, DF: Conselho Federal de Enfermagem; 2018. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/resolucao-cofen-no-581-2018_64383.html. Acesso em: 19 abr 2021.
DORNELLES, L. L. E. Do silêncio ao som: a musicoterapia no tratamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista. Universidade Regional – UNIJUI, 2016.
EUGÊNIO, M.L; ESCALDA J; LEMOS, S.M.A. Desenvolvimento cognitivo, auditivo e
linguístico em crianças expostas à música: produção de conhecimento nacional e
internacional. Revista CEFAC, Set/Out 2017, p992-1003. Disponível em <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462012000500027>
Acesso em: 20 ago 2021.
ERCOLE, Flávia Falci; MELO, Laís Samara de e ALCOFORADO, Carla Lúcia Goulart Constant. Revisão integrativa versus revisão sistemática. Reme : Rev. Min. Enferm. [online]. 2014, vol.18, n.1, pp.09-11. ISSN 2316-9389. http://dx.doi.org/10.5935/1415-2762.20140001 Acesso em: 04 mar 2023.
FERNANDES, P.R.S. Sons e silêncios: musicoterapia no tratamento de indivíduos com perturbações do espectro do autismo. Dissertação (mestrado em educação especial). Universidade Católica Portuguesa. 2019 disponível em <
http://repositorio.ucp.pt/bitstream/10400.14/8928/1/Tese%20Patr%C3%ADcia%20Final.pdf > acesso em 11/07/14.
FREITE, M. H. Estudos de musicoterapia improvisacional musicocentrada e desenvolvimento musical de crianças com autismo. Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, 2017.
FREIRE, M. et al. O desenvolvimento musical de crianças com Transtorno do Espectro Autista em Musicoterapia: estudo de caso. ORFEU, julho 2018, v.3, n.1, p. 145 de 171.
FREITAS, C.; FIGUEIRA, K. Efeito da Musicoterapia nas perturbações do espectro do autismo: um estudo de caso. Revista Portuguesa de Pedopsiquiatria, 2016, p 27-39.
GALVÃO, C.M; SAWADA, N.O.; MENDES, I.A. A busca das melhores evidências. Rev Esc Enferm, USP. 2008.
GARRIDO, R.G.; RODRIGUES, R.C. Restrição de contato social e saúde mental na pandemia: possíveis impactos das condicionantes sociais. J Health Biol Sci. 2020.
GIMENES, V.C.P. Revisão bibliográfica de intervenção comportamental para redução de estereotipias em autistas. Centro Paradigma, São Paulo. 2018.
GUERRER, B.L; MENEZES, J.L. Percepção musical em crianças autistas: melhora de funções interpessoais. 2016. Disponível em <
http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1393> acesso em 02/10/14
HIANY, N. et al. Perfil Epidemiológico dos Transtornos Mentais na População Adulta no Brasil: uma revisão integrativa. Revista Enfermagem Atual, 2018.
JORGE, M. S. et al. Promoção da Saúde Mental – Tecnologias do Cuidado: vínculo,
acolhimento, co-responsabilização e autonomia. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro:
v.16, n.7, p. 3051-3060, julho. 2017.
LIMA, F.; SICILIANI, C.; DREHMER, L. O perfil atual da saúde mental na atenção primária
brasileira. Com. Ciências Saúde. Porto Alegre, RS: vol. 24, n. 2, p. 143-148, set. 2012.
Lourenço, I. (2016). Promoção da Comunicação Verbal através da Música: Estudo de caso de uma criança com perturbação do espectro do autismo (Dissertação de Mestrado). Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra, Coimbra
MARTELLI, A. et al. Análise de metodologias para a execução de pesquisas tecnológicas. Braz. Ap. Sci. Rev., Curitiba, v.4, n.2, p. 468-477 mar/abr 2020.
OLIVEIRA, G. C. Relações entre a Educação Musical Especial e o desenvolvimento da comunicação social. Tese doutorado. Escola de Música – Universidade Federal de Minas Gerais, 2017.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS/WHO) – 1946. Biblioteca Virtual de Direitos Humanos, São Paulo: Universidade de São Paulo. Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/OMS-Organiza%C3%A7%C3%A3o-Mundial-da-Sa%C3%BAde/constituicao-da-organizacao-mundial-da-saude-omswho.html. Acesso em: 17 fev. 2021.
PRATES, R. T. C.; SILVA, S. C. R.; ANTUNES, D. R. Uso de Recursos Tecnológicos para a Inclusão de Pessoas com Deficiência no Processo de Ensino e Aprendizagem: Um estudo de caso. In: CONGRESSO SOBRE TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO, 6. , 2021, Evento Online. Anais [...]. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Computação, 2021, p. 11-20.
PROETTI, S. As pesquisas qualitativa e quantitativa como métodos de investigação científica: um estudo comparativo e objetivo. Revista Lumen, v.2, n.4, 2017.
RAMOS, P; RAMOS, M.M; BUSNELLO, S.J. Manual prático de metodologia da pesquisa: artigo, resenha, projeto, TCC, monografia, dissertação e tese. Blumenau: Acadêmica; 2013.
SANTOS, M. et al. Vibrações, ruído e hipoacusia: associação fisiopatológica ou não?. Revista Portuguesa de Saúde Ocupacional on line. 2020, volume 9, 1-11.
SAYLOR, S et al. Effects of three types of noncontingent auditory stimulation on vocal stereotypy in children with autism. – Journal of applied behavior, 45, 185–190 NUMBER
(SPRING 2019). Disponível em <
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3297341/pdf/jaba-45-01-185.pdf.> Acesso em: 08/07/14
SILVA, I.T.S., et al. O uso da aromaterapia no contexto da enfermagem: uma
revisão integrativa. Rev. Eletr. Enferm. 2020. Disponível em: https://doi.org/10.5216/ree.v22.59677. Acesso em: 19 abr 2021.
SILVA, J. S. C.; MOURA, R.C.R. Musicoterapia e autismo em uma perspectiva comportamental. Revista Neurociências, 2021, 29, 1–27
SOARES, P.M.; MEUCCI, R.D. Epidemiology of Common Mental Disorders among women in the rural zones of Rio Grande, RS, Brazil. Rio de Janeiro: Cienc. saúde coletiva, ago. 2020. vol.25 no.8.
SOUZA, R.F. O que é um estudo clínico randomizado? Medicina Ribeirão Preto, 42 (1): 3-8. 2019. Disponível em <
http://revista.fmrp.usp.br/2009/vol42n1/Simp_O_que_e_um_estudo_clinico_randomizado.p df> . Acesso em 12 fev 2022.
SOUZA, V. M. O uso de terapias complementares no cuidado à Criança autista. Revista Saúde Física e Mental, v.6, n.2, 2018.
SOUZA, Marcela Tavares de; SILVA, Michelly Dias da; CARVALHO, Rachel de. Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, São Paulo, v. 1, n. 8, p. 102-106, ago. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/j/eins/a/ZQTBkVJZqcWrTT34cXLjtBx/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 04 mar. 2023.
SWANWICK, K. Música, mente e educação. Tradução Marcell Silva Steuenagel – 1 ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.
TESSER, I., et al. Práticas Integrativas e Complementares na Atenção Primária à Saúde Brasileira. Saúde Debate, v. 42, nº 1, 2018, 174-188.
TUMULERO, N. Pesquisa de levantamento: material completo, procedimentos e exemplos. Disponível em: https://blog.mettzer.com/pesquisa-de-levantamento/. Acesso em: 10 fev 2022.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. Pesquisa da Uerj indica aumento de casos de depressão entre brasileiros durante a quarentena. Rio de Janeiro: UERJ; 2020. Disponível em: https://www.uerj. br/noticia/11028/. Acesso em: 29 mar. 2021.
VILELA, S.C.; SCATENA, M. C. M. A enfermagem e o cuidar na área de saúde mental. Brasília (DF): Revista Brasileira de Enfermagem, nov/dez. 2018.
WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Investing in mental health, Switzerland: Geneva. 2003. p. 7.
ZHANG, S. X., et al. At the height of the storm: Healthcare staff’s health conditions and job satisfaction and their associated predictors during the epidemic peak of COVID - 19. Rain Behavior and Immunity. China. 2020, p. 144 - 146. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/gim/resource/en/mdl -32387345. Acesso em 30 mar 2021.
Downloads
Publicado
Edição
Secção
Categorias
Licença
Direitos de Autor (c) 2023 RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar - ISSN 2675-6218
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição 4.0.
Os direitos autorais dos artigos/resenhas/TCCs publicados pertecem à revista RECIMA21, e seguem o padrão Creative Commons (CC BY 4.0), permitindo a cópia ou reprodução, desde que cite a fonte e respeite os direitos dos autores e contenham menção aos mesmos nos créditos. Toda e qualquer obra publicada na revista, seu conteúdo é de responsabilidade dos autores, cabendo a RECIMA21 apenas ser o veículo de divulgação, seguindo os padrões nacionais e internacionais de publicação.